segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Malam Bacai Sanha HOMEM de PALAVRA

Malam Bacai Sanha 1947-2012
Eu, Malam Bacai Sanha. Estou aqui para homenagear a minha pátria martirizada, os combatentes da liberdade da pátria, e todos os filhos da nossa terra.

A Guiné-Bissau, é o meu primeiro e grande amor. Partilhava esse amor com Amílcar Cabral, e sempre sonhei com um país sem ditadores... onde os filhos nunca levantassem a mão contra os seus pais. Onde os irmãos nunca erguessem as espadas contra os seus irmãos e vivessem em paz.

Peço-vos que se juntem a mim, numa homenagem, não só à memória daquelas pessoas que perderam a vida muito antes de a viver, mas também à memória de todos, homens e mulheres que morreram em combate por uma Guiné melhor.

Meus caros compatriotas, faço-vos esta promessa, pela memória de Amílcar Cabral e dos meus camaradas combatentes da liberdade, de que não descansarei enquanto o país com que nós sonhamos um dia, não seja realidade.

Juntem-se a mim, porque juntos, podemos tirar o nosso país da crise em que se encontra. Povo da Guiné, sou o vosso candidato. E se for eleito ao cargo do Primeiro Magistrado da Nação, será apenas para vos servir, não para me servir de vós.

Viva o povo mártir da Guiné-Bissau,

Viva a paz, viva a democracia, viva o PAIGC e viva o MAMBAS.


Nota do Editor

Já se passaram cinco anos, que a morte nos tirou o homem-grande Malam Bacai Sanha. Nada melhor que recordar sábias palavras deste grande líder guineense que, se distinguia entre os pares, pelo facto de ser impoluto, sério, ético e fundamentalmente um “HOMEM de PALAVRA”!

Num ambiente de extrema tensão entre ele e o PM na altura, com toda a serenidade que lhe era característico ou não fosse dele as palavras que se seguem:

"Antes quando se falava dos militares todos nós batíamos palmas, sobre qualquer acção que tinham feito, mas agora quando se diz que vêm aí os militares o povo foge. É preciso devolver a credibilidade e confiança nas Forças Armadas"

"Queremos e esperamos que o nosso repto seja aceite e acolhido por todos os guineenses, para que haja estabilidade para que o governo de Carlos Gomes Junior, possa cumprir o que prometeu ao povo"

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